quinta-feira, 26 de novembro de 2009

reflexão Andando com Cristo 25 – O Ser humano e suas emoções

Queridos, vamos falar um pouco do ser humano e suas emoções. O ser humano com toda a sua complexidade vive a famosa guerra de um palmo, ou seja: seu célebro e seus pensamentos estão sempre dominando a sua vontade, por conta disso, cabe a nós ter muito cuidado com os nossos pensamentos. São eles que geram nossas emoções. O maior desafio do homem é conseguir enfrentar esta enxurrada de pensamentos que chegam sem permissão. Esses pensamentos são a base que temos para tomarmos nossas decisões. Como a vida é feita de escolhas, ficamos por assim dizer, refém dos nossos próprios pensamentos, são eles também que nos fazem delirar. Você já reparou que os pensamentos vão invadindo a nossas mentes e começamos a pensar coisas que não estávamos pensando inicialmente, no meio do caminho os pensamentos se desviam e quando percebemos, já estamos em outras esferas completamente diferentes do havia começado a pensar. O Apóstolo Paulo fala que o bem que quer fazer não consegue e o mau esse acaba fazendo sem querer. A raiz do bem e do mal está dentro de nós e os nossos pensamentos nos guiam a fazer o que é bom e o que é mal. Normalmente somos influenciados pelos nossos pensamentos e pelo nosso próprio ser, o que acaba por nos tornar confusos ou mesmo inseguro por algumas vezes. A palavra de Deus nos ajuda a entender reações de nossos pensamentos, no entanto, a Igreja está usando a Palavra para suas próprias conquistas, assim ela domina e não liberta, e o ser humano vira um coadjuvante nesta história. Não estou com isso dizendo que a Igreja deve intervir em nossas vidas, mas quero dizer que, sendo ela portadora da mensagem de Deus, poderia orientar este ser a viver uma vida melhor e controlar melhor os seus pensamentos e emoções.

Quando os seus pensamentos são maus o ser humano torna-se um ser violento. É claro que a violência não é apenas fruto dos seus pensamentos, eles apenas colaboram com a efetivação de um fato violento ou não. A transformação desses pensamentos poderia de alguma forma transformar vidas e pessoas, esta mensagem também foi chancelada a Igreja, não estou aqui afirmando que a Igreja é responsável pelas violências de todas as naturezas, mas acho que poderia ser um instrumento efetivo de paz. Por que será que a Igreja não conseguiu promulgar a paz? Por que sendo ela portadora da mensagem de paz não conseguiu transformar a violência em paz? A resposta está na própria Igreja, ela não foi capaz de transformar os corações para transformar o mundo. É triste a igreja tão estatística e tão pouca piedosa, pessoas em busca do tudo e recebendo quase nada.

Tenho certeza que serei tremendamente criticado pelas minhas afirmações, mas, sinceramente, é melhor ser criticado do que não fazê-las. Gostaria que isso servisse apenas de instrumento de reflexão. Também não quero aqui me eximir da culpa, sou um agente da mensagem de Deus, mas o que fazer? Penso que devemos ser um pouco mais voltados à revelação do mistério, cuidar do preparo de nossas lideranças eclesiásticas, isso poderia ser um bom caminho para Igreja ajudadora dos tão necessitados homens e mulheres.

Projetamos sempre uma vida futura, e quando os nossos projetos não acontecem ficamos frustrados, e torna-se sinônimo de tristeza. Muitas das nossas tristezas estão intriscamente ligadas as nossas frustrações. Elas acontecem porque temos sempre o desejo de ganhar, por isso não admitimos perder. O melhor seria saber que ensinamentos tiramos das nossas perdas, que diferença tem perder ou ganhar, se não acrescentar nenhum ensinamento a nós? As perdas são partes de um processo de ganhos e ensinamentos. Nunca devemos nos abater com nossas frustrações, precisamos entender, que vamos além das nossas frustrações.

Sempre que estamos num processo de frustração, colocamos todas as nossas energias voltadas para esse momento, esquecemos de viver o todo, e não percebemos coisas maravilhosas acontecendo ao nosso redor. Vejam o texto em que Maria Madalena, Maria (mãe de Tiago) e Salomé, foram ao túmulo de Jesus. Grandes eram as expectativas delas, estavam indo àquele lugar fazer o último ato ao seu Senhor, no entanto, não O encontraram. Que frustração! Porém, foram elas as primeiras a dizer: “o nosso Senhor vive, aleluia!!”. Saiba disso, a caminho de nossas frustrações existem ensinamentos, conquistas e triunfo. Sempre que trabalho a questão da frustração e perda, penso na semente, deve ser difícil ter que morrer para germinar.

Uma outra coisa que de certa forma está trazendo tamanhos desgastes ao ser humano, são os seus conflitos existenciais. Eu costumo dizer que sou um homem em pleno conflito, são os conflitos de ideais, de pensamentos, de valores, de expectativas e tantos outros. A Nossa missão é superar esses conflitos! Mas como superá-los? Devemos encarar o conflito como um desafio, uma escolha. Se há um conflito, é porque temos mais de uma vertente a escolher, o que definirá o nosso próximo passo será a nossa escolha, portanto, sempre que vier o conflito veja na sua escolha onde errou ou onde deve acertar, quem sabe encontrará chaves que foram ou serão os verdadeiros obstáculos para o seu crescimento.

Amanhã quero está novamento aqui com vocês.

Fica na Paz de Deus.

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