terça-feira, 3 de novembro de 2009

Reflexão - Andando com Cristo 10 - Somos Assim

Estamos ligados eternamente aos porquês da vida e esses são os anseios humanos, e por isso tentamos a busca por respostas. Existe um conflito humano que embora pareça nocivo, acaba por ser um propulsor de todas as ânsias implantadas em nosso ser, assim como nossas próprias descobertas.

A palavra básica de Cristo e a essência da sua mensagem foi toda baseada em amor, partilha, fraternidade, bondade e paz, fez isso para o ser humano hora criado por Deus. Era na verdade um olhar humano sem indiferença, sem discriminação e sem hierarquias. Neste sentindo, Cristo não tinha objetivo de ter uma Igreja institucional, e sim, uma Igreja formada de pessoas e feita para elas, cuja base fosse os pilares por Ele fundamentados.

Obviamente, não há como falar de igreja, de comunhão, sem falar das pessoas que formam a igreja de Cristo. Foi para elas que Cristo deu a sua vida, seu sofrimento, sua bondade, seu amor, sua fraternidade e sua paz.

Somos recheados de suas dúvidas, dificuldades, aflições, conflitos, medos e inseguranças. Por esta razão temos uma enorme dificuldade de lidar com o novo, principalmente com o mistério. Somos espiritual e ao mesmo tempo carnal. Temos um depósito de sentimentos e emoções e um espírito que clama “aba Pai”. Somos capazes de fazer nossa própria história, para que seja feita a história de um todo. Quando somos bem estruturado, bem formado, nos tornamos capazes de um mundo melhor. Este é o desejo de Deus é projeto para o ser humano.

Saiba que temos necessidade de Deus! Por isso buscamos nos lugares onde encontrá-Lo. Buscamos Deus, até mesmo sem perceber. Buscamos a explicação de Deus nos detalhes da vida, na apreciação do belo, na simplicidade da natureza, na beleza dos seres, no pensar e no agir, nas emoções e nos sentimentos. As vezes não temos a forma adequada, todavia, não deixaremos de buscá-Lo. Temos que aplacar as nossas angústia e frustrações.

As frustrações que passamos traz consigo tristezas e angústias, assim nossa energia emocional está acabando à medida que aumentam a tristeza e a angústia. Desde a queda, o ser humano tornou-se egoísta, pensando somente em si e em seus prazeres, com isso ficou solitário e esta solidão está se expandindo, as pessoas estão sós, mesmo vivendo em multidões. A solidariedade e a tolerância não têm mais espaço nos meios sociais, estamos cada vez menos solidários e ainda menos tolerantes. Não temos paciência para ouvir, para entender e respeitar o outro. O amor, que é o fundamento da vida está cada vez mais simplório, ou quem sabe banalizado, embora seja este sentimento que regue o território das emoções, fazendo de nós pessoas que não envelhecem.

As alegrias da vida viraram apenas “momentos felizes”. Na verdade, quase não somos sempre alegres, o que temos são momentos de alegrias, esses momentos não ficam tão registrados em nossa memória como os sentimentos negativos, esses sim, parecem que nunca se apagam de nossa memória. As lembranças que temos são sempre das dores, dos sofrimentos, dos medos, o que gera uma enorme insegurança. Na vida precisamos fazer escolhas, tudo é escolha, não fazemos nada sem escolher: Como escolher se temos tanta insegurança? Como fazer para saber o caminho certo, sem ter a direção? Onde estão os nossos paradigmas? Onde foram parar os nossos heróis? Nossa vida deveria ser recheada de alegrias, pois a vida é uma obra-prima! Os seres humanos devem aprender a lidar com suas fraquezas para poder driblar este medo e sentimento de insegurança que são tão nocivos a vida humana.

Cristo conhecia bem este ser e sabia de toda essa complexidade! Em sua passagem terrena, mostrou com a sua mensagem, que era possível ser igual mesmo sendo diferente. Sabia que vivemos sempre no escuro, não sabemos o que acontecerá daqui a poucos minutos, pois a vida não é como no teatro, ensaiamos hoje pra fazer o definitivo amanhã, não há ensaio, cada momento vivido é verdadeiro e findo. Vamos ter que aprender vivendo, aprender com os nossos próprios erros, com os nossos melhores e piores momentos! E Cristo sabia disso.

Nenhum homem é uma ilha em si mesmo. Cada um é uma porção do continente, uma parte do oceano. John Donne

Projetamos sempre uma vida futura, e quando os nossos projetos não acontecem ficamos frustrados, e torna-se sinônimo de tristeza. Muitas das nossas tristezas estão intriscamente ligadas as nossas frustrações. Elas acontecem porque temos sempre o desejo de ganhar, por isso não admitimos perder. O melhor seria saber que ensinamentos tiramos das nossas perdas, que diferença tem perder ou ganhar, se não acrescentar nenhum ensinamento a nós? As perdas são partes de um processo de ganhos e ensinamentos. Nunca devemos nos abater com nossas frustrações, precisamos entender, que vamos além das nossas frustrações. Quando estamos num processo de frustração, colocamos todas as nossas energias para esse momento, esquecemos de viver o todo, e não percebemos coisas maravilhosas acontecendo ao nosso redor. Sempre que trabalho a questão da frustração e perda, penso na semente, deve ser difícil ter que morrer para germinar.

O ser humano, está em pleno conflito, são conflitos de ideais, de pensamentos, de valores, de expectativas e tantos outros. A Nossa missão é superar esses conflitos! Mas como superá-los? Devemos encarar o conflito como um desafio, uma escolha. Se há um conflito, é porque temos mais de uma vertente a escolher, o que definirá o nosso próximo passo será a nossa escolha, portanto, sempre que vier o conflito veja na sua escolha onde errou ou onde deve acertar, quem sabe encontrará chaves que foram ou serão os verdadeiros obstáculos para o seu crescimento.

Viva a vida como se fosse sua. Pois na verdade é isso que ela é!

Deus abençoe e até amanhã por aqui. Beijos à todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário