terça-feira, 2 de março de 2010

Andando com Cristo a sua própria vida em graça

Estamos muito preocupados com as nossas feridas, e os outros que ferimos? O que fazer? De fato, ferimos a nós mesmo e aos outros a partir de nossas feridas. Quero dizer que somente o amor internalizado de Deus pode cicatrizá-las, ao suprir nossa necessidade de aceitação incondicional. Pois é diante do olhar misericordioso de Deus é que podemos reconhecer a verdade sobre nós mesmos.

Temos que aprender a encarar a realidade das nossas vidas. Quando fazemos isso ela desmonta nossa auto-imagem idealizada ou obscurecida e nossas projeções, que nos levam a acusar o outro do mal que negamos em nós.

Saiba que a Graça de Deus é que nos permite sarar as marcas do passado. Trabalhar e encarar as marcas do passado como algo existende em nós mesmos. Está aí, exatamente onde você mesmo escondeu, não precisa nem procurar bastar encará-la.

A espiritualidade é autêntica se nos tornar pessoas cada vez mais amorosas e voltadas para os outros com humildade, empatia e generosidade. A verdadeira espiritualidade reside na santidade do gesto simples do cotidiano é no seu dia-a-dia que você demonstra a sua espiritualidade com ações concretas. Em Jesus Cristo não há megalomania, grandiosidade, extravagância ; há a simplicidade do gesto humano, há ternura e firmeza. A verdadeira vida cristã não significa sermos mais espirituais, e sim, mais humanos para que o espírito de Deus flua através de nós.

A experiência da graça nos encoraja a reconhecer nossos medos, esconderijos, nossas fantasias persecutórias ou onipotentes, afim de tirar de nós essa nossa mentalidade de escravos. Nossa instabilidade emocional, nosso narcisismo, nossa busca de reconhecimento de sucesso através de bens e do desempenho. Ela nos cura do isolamento, da rejeição, do desamor e desse tão inadequado desencontro.

Vivemos uma cirse moral, que acaba se transformando em violência e corrupção; crise familiar, que desfaz casamentos e gera separações. Estamos hoje num mesmo barco e a frase que gritamos agora é: “Salve-se quem puder”. Pois vivemos a conhecida e egoísta vida do cada um por si e a consequência de tudo isso é a solidão, o abandono, incompreensão, desânimo, tristeza, angústia. O futuro parece sombrio. O mundo se tornou um ambiente hostil e ameaçador, e não podemos contar com ninguém para enfrentá-lo. O Ser humano tornou-se um ser solitário.

Deus não pode ser uma projeção de meus desejos, muitas vezes onipotentes. Projetamos em Deus nossas angústias e concluímos que Ele nos abandonou. Você não tem o direito de acreditar nisso, Deus está e estará sempre conosco.

Você não pode ter medo de mostrar para Deus as suas fragilidades, a sua pequenez, veja Jó, não teve medo de ser honesto com Deus e de expressar a sua perplexidade, sua raiva, sua indignação e sua revolta. Suas tribulações representam o teste crucial da liberdade humana.

A graça pode nos atingir através de uma pessoa que nos oferece um ouvido atento, um olhar compassivo, um ombro aconchegante e nos encoraja a olhar de frente para as múltiplas emoções que nos invandem, de modo a escolher e vive-las amparadas em seu amor.

Que Deus esteja conosco todos os dias e se Ele permitir, amanhã nos encontramos por aqui.

Receba o meu afeto e abraço.

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